Seção : Gastronomia - 16/01/2009 07:00
Casas de Belo Horizonte aderem ao balcão de tira-gostos
Eduardo Tristão Girão - EM Cultura
Implantados com sucesso em vários bares paulistanos, os balcões de petiscos começam a chegar a Belo Horizonte. Recentemente, duas casas da cidade – Albano’s e Família Paulista – passaram a oferecer queijos, frios, conservas e outros acepipes à vista do freguês. Por sua vez, o Bar do Lopes, reinaugurado há quase um ano já com a novidade, vende unitariamente itens como azeitona e ovo de codorna. Predominantemente, são itens frios ou que dispensam refrigeração, comercializados no peso. Cada freguês monta a porção que quiser.Na verdade, trata-se de tradição que remonta a décadas e, de certa forma, lembra o costume espanhol de servir as famosas tapas em pratinhos sobre o balcão, com diversidade de encher os olhos e permitindo ao freguês escolher o que e quanto comer. No Brasil, ela existe há no mínimo 30 anos, quando proprietários de casas como o Bar do Elídio, na capital paulista, perceberam a satisfação dos clientes em receber pratos montados com diversos tira-gostos. Logo as porções conquistaram os balcões e caíram definitivamente no gosto da clientela. Hoje, há locais que oferecem mais de 100 variedades de petiscos.Longe de toda essa fartura, mas cada vez mais próxima de agradar o paladar da clientela, a choperia Albano’s prepara a terceira renovação de petiscos em seu balcão, instalado numa espécie de empório que fica na entrada da casa. Itens como alho assado, ratatouille e frutos do mar marinados foram eliminados, restando opções consideradas de maior apelo, caso do salmão marinado, carpaccio bovino, palmito, tomate seco e mix de minissalsichas. Há, ainda, rosbife e queijos gorgonzola, provolone, gouda e muçarela de búfala com pimenta-biquinho. As receitas foram desenvolvidas pelo proprietário Rodrigo Ferraz e sua equipe de cozinha, chefiada por Adriano Santos.“Antes, a parte fria do cardápio era pouco pedida. Tínhamos algumas opções servidas juntas, como tábua de frios. Acabamos com essa pedida em função do balcão de petiscos”, afirma Josiane Barbosa, almoxarife do Albano’s. Há casos interessantes, como o do salmão marinado, que passou a ser mais consumido quando “migrou” do à la carte para o balcão. O rosbife, batizado com o sobrenome do seu criador, o professor de culinária Humberto Passeado, teve a receita incorporada pela choperia. Todas as opções do balcão são vendidas por R$ 48,50 (quilo). Para acompanhar, o chope sai por R$ 3,70 (330ml
http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_10/2009/01/16/ficha_gastronomia/id_sessao=10&id_noticia=6790/ficha_gastronomia.shtml
18 de jan. de 2009
13 de jan. de 2009
Meus escritores preferidos
"Sou feliz só por preguiça. A infelicidade dá uma trabalheira pior que doença: é preciso entrar e sair dela, afastar os que nos querem consolar, aceitar pêsames por uma porção da alma que nem chegou a falecer."
Mia Couto
11 de jan. de 2009
10 de jan. de 2009
Leia... vale a pena.
Das pedras de David aos tanques de Golias
Também não as usa agora. Nestes últimos cinquenta anos cresceram a tal ponto a David as forças e o tamanho que entre ele e o sobranceiro Golias já não é possível reconhecer qualquer diferença, podendo até dizer-se, sem ofender a ofuscante claridade dos factos, que se tornou num novo Golias. David, hoje, é Golias, mas um Golias que deixou de carregar com pesadas e afinal inúteis armas de bronze. Aquele louro David de antanho sobrevoa de helicóptero as terras palestinas ocupadas e dispara mísseis contra alvos inermes, aquele delicado David de outrora tripula os mais poderosos tanques do mundo e esmaga e rebenta tudo o que encontra na sua frente, aquele lírico David que cantava loas a Betsabé, encarnado agora na figura gargantuesca de um criminoso de guerra chamado Ariel Sharon, lança a “poética” mensagem de que primeiro é necessário esmagar os palestino para depois negociar com o que deles restar. Em poucas palavras, é nisto que consiste, desde 1948, com ligeiras variantes meramente tácticas, a estratégia política israelita. Intoxicados pela ideia messiânica de um Grande Israel que realize finalmente os sonhos expansionistas do sionismo mais radical; contaminados pela monstruosa e enraizada “certeza” de que neste catastrófico e absurdo mundo existe um povo eleito por Deus e que, portanto, estão automaticamente justificadas e autorizadas, em nome também dos horrores do passado e dos medos de hoje, todas as acções próprias resulatantes de um racismo obsessivo, psicológica e patologicamente exclusivista; educados e treinados na ideia de que quaisquer sofrimentos que tenham infligido, inflijam ou venham a infligir aos outros, e em particular aos palestinos, sempre ficarão abaixo dos que sofreram no Holocausto, os judeus arranham interminavelmente a sua própria ferida para que não deixe de sangrar, para torná-la incurável, e mostram-na ao mundo como se tratasse de uma bandeira. Israel fez suas as terríveis palavras de Jeová no Deuteronómio: “Minha é a vingança, e eu lhes darei o pago”. Israel quer que nos sintamos culpados, todos nós, directa ou indirectamente, dos horrores do Holocausto, Israel quer que renunciemos ao mais elementar juízo crítico e nos transformemos em dócil eco da sua vontade, Israel quer que reconheçamos de jure o que para eles é já um exercício de facto: a impunidade absoluta. Do ponto de vista dos judeus, Israel não poderá nunca ser submetido a julgamento, uma vez que foi torturado, gaseado e queimado em Auschwitz. Pergunto-me se esses judeus que morreram nos campos de concentração nazis, esses que foram trucidados nos pogromes, esses que apodreceram nos guetos, pergunto-me se essa imensa multidão de infelizes não sentiria vergonha pelos actos infames que os seus descendentes vêm cometendo. Pergunto-me se o facto de terem sofrido tanto não seria a melhor causa para não fazerem sofrer os outros.
As pedras de David mudaram de mãos, agora são os palestinos que as atiram. Golias está do outro lado, armado e equipado como nunca se viu soldado algum na história das guerras, salvo, claro está, o amigo norte-americano. Ah, sim, as horrendas matanças de civis causadas pelos terroristas suicidas… Horrendas, sim, sem dúvida, condenáveis, sim, sem dúvida, mas Israel ainda terá muito que aprender se não é capaz de compreender as razões que podem levar um ser humano a transformar-se numa bomba.
Também não as usa agora. Nestes últimos cinquenta anos cresceram a tal ponto a David as forças e o tamanho que entre ele e o sobranceiro Golias já não é possível reconhecer qualquer diferença, podendo até dizer-se, sem ofender a ofuscante claridade dos factos, que se tornou num novo Golias. David, hoje, é Golias, mas um Golias que deixou de carregar com pesadas e afinal inúteis armas de bronze. Aquele louro David de antanho sobrevoa de helicóptero as terras palestinas ocupadas e dispara mísseis contra alvos inermes, aquele delicado David de outrora tripula os mais poderosos tanques do mundo e esmaga e rebenta tudo o que encontra na sua frente, aquele lírico David que cantava loas a Betsabé, encarnado agora na figura gargantuesca de um criminoso de guerra chamado Ariel Sharon, lança a “poética” mensagem de que primeiro é necessário esmagar os palestino para depois negociar com o que deles restar. Em poucas palavras, é nisto que consiste, desde 1948, com ligeiras variantes meramente tácticas, a estratégia política israelita. Intoxicados pela ideia messiânica de um Grande Israel que realize finalmente os sonhos expansionistas do sionismo mais radical; contaminados pela monstruosa e enraizada “certeza” de que neste catastrófico e absurdo mundo existe um povo eleito por Deus e que, portanto, estão automaticamente justificadas e autorizadas, em nome também dos horrores do passado e dos medos de hoje, todas as acções próprias resulatantes de um racismo obsessivo, psicológica e patologicamente exclusivista; educados e treinados na ideia de que quaisquer sofrimentos que tenham infligido, inflijam ou venham a infligir aos outros, e em particular aos palestinos, sempre ficarão abaixo dos que sofreram no Holocausto, os judeus arranham interminavelmente a sua própria ferida para que não deixe de sangrar, para torná-la incurável, e mostram-na ao mundo como se tratasse de uma bandeira. Israel fez suas as terríveis palavras de Jeová no Deuteronómio: “Minha é a vingança, e eu lhes darei o pago”. Israel quer que nos sintamos culpados, todos nós, directa ou indirectamente, dos horrores do Holocausto, Israel quer que renunciemos ao mais elementar juízo crítico e nos transformemos em dócil eco da sua vontade, Israel quer que reconheçamos de jure o que para eles é já um exercício de facto: a impunidade absoluta. Do ponto de vista dos judeus, Israel não poderá nunca ser submetido a julgamento, uma vez que foi torturado, gaseado e queimado em Auschwitz. Pergunto-me se esses judeus que morreram nos campos de concentração nazis, esses que foram trucidados nos pogromes, esses que apodreceram nos guetos, pergunto-me se essa imensa multidão de infelizes não sentiria vergonha pelos actos infames que os seus descendentes vêm cometendo. Pergunto-me se o facto de terem sofrido tanto não seria a melhor causa para não fazerem sofrer os outros.
As pedras de David mudaram de mãos, agora são os palestinos que as atiram. Golias está do outro lado, armado e equipado como nunca se viu soldado algum na história das guerras, salvo, claro está, o amigo norte-americano. Ah, sim, as horrendas matanças de civis causadas pelos terroristas suicidas… Horrendas, sim, sem dúvida, condenáveis, sim, sem dúvida, mas Israel ainda terá muito que aprender se não é capaz de compreender as razões que podem levar um ser humano a transformar-se numa bomba.
José Saramago
Todo ano eu me pergunto, tento entender, busco motivos e ainda assim me assombro... por que tem gente que insiste em promover festas para pessoas que têm em comum, apenas o fato de terem estudado juntas em um passado longínquo e distante quando ainda usavam botinhas ortopédicas e/ou aparelhos ortodônticos? Masoquismo? Falta de noção? Morbidez? Façam suas apostas...
8 de jan. de 2009
Apesar da presença de espírito, do raciocínio rápido e da presteza em responder, sou lenta para aprender... eu quero algo que não é nem a minha mãe e nem a minha cama e nem a minha casa. Quero colo e um ombro reconfortante que nunca conheci. Intervalo de motivos. Mas há uma vida inteira para faze-lo em delicadas e meigas repetições... uma vez mais e ainda. Um mal estar em velar a vida que acabou pra poder continuar.
4 de jan. de 2009
Por Um Deus Ateu
se Deus existe mesmo
eu sou a rainha da Inglaterra
como pode querer ser supremo
um Cara que tanto erra
e parece nem estar aí?
até o céu devia ter um limite
se um Deus tem que existir
então voto em Nietzsche:
que Deus passe a ser pecador
que o malfeitor possa ser justo
o homem Seu redentor
e o juiz seu próprio verdugo.
(sérgio viralobos)
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