29 de mai. de 2009

"Eu num perdo de jeito nenhum..."

Olá ...,

O GENTI TA VINO AÌ A FESTA JUNINA DO CLAM

DIA 20 DE JUNHO DAS 18:00 H ÁS 00:00 H

TEREMOS DANÇAS, COMIDAS TÍPICAS, PAU DE CEBO COM DINHEIRO,

BRINCADEIRAS, ARTESANATO e MUITO MAIS!



e o GRUPO



SORTEIO DE BRINDES E DE UM FINAL DE SEMANA NO HOTEL FAZENDA TUCANO.(www.hotelfazendatucano.com.br) .

Convites: Sócio R$7,00

Não sócio R$ 12,00

Venha conferir esperamos você para nossa festança.

Maiores informações na secretaria 3498-3811

ou RC LAZER EVENTOS 3582-4327- 9353-1776

CLAM - Alegria e Diversão para toda a sua famíla!









26 de mai. de 2009

Tentando postar há 03 dias

UFA!!!!!!!!!! O BLOG TÁ DOIDÃO, SUMIU UM MONTE DE COISAS, NÃO CONSIGO ARRUMAR... QUANDO DER EU VOLTO...

21 de mai. de 2009

e-mails e comentários rancorosos...

Interpretação de texto, sarcasmo, ironia, figuras de linguagem, a gente aprende na escola e não no blog dos outros. Ler ajuda tbém... Mas não revista Ana Maria hein? Livros mesmo. Daqueles crus, densos...
No mais é como diz meu amigo Heitor... z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z. Muiiito sono.

Então...

Mas em meio a este terrível sofrimento, esta doença, este cansaço, este medo, ainda me movo: restam todavia a bênção do mundo natural e dos seres amados e tudo o que há para ler e ver.

Os Diários de Sylvia Plath, Globo, pg. 264

20 de mai. de 2009

Ele me traduz, principalmente nas despedidas...

"de primeiro, eu fazia e mexia, e pensar não pensava. não possuía os prazos. vivi puxando difícil de difícel, peixe vivo no moquém: quem mói no asp'ro, não fantasêia. mas, agora, feita a folga que me vem, e sem pequenos desassossegos, estou de range rede. e me inventei neste gosto, de especular idéia. o diabo existe e não existe? dou o dito. abrenúncio. essas melancolias. (...). viver é negócio muito perigoso..."

Guimarães Rosa, Grande Serão Veredas
Caso os acontecimentos saiam do combinado, pior para o combinado.Porque o lugar que eu gosto não é aqui. Sério, não me faça perguntas, que eu vou dar respostas.

18 de mai. de 2009

Mira, señor I

Nós vamos morrer, e isso nos torna afortunados. A maioria das pessoas nunca vai morrer, porque nunca vai nascer. As pessoas potenciais que poderiam estar no meu lugar, mas que jamais verão a luz do dia, são mais numerosas que os grãos de areia da Arábia. Certamente esses fantasmas não nascidos incluem poetas maiores que Keats, cientistas maiores que Newton. Sabemos disso porque o conjunto das pessoas possíveis permitidas pelo nosso DNA excede em muito o conjunto de pessoas reais. Apesar dessas probabilidades assombrosas, somos eu e você, com toda a nossa banalidade, que aqui estamos…
Richard Dawkins, Deus, um delírio (Companhia das Letras, p. 21)

17 de mai. de 2009

Mira, señor

Eu iria, mesmo se não pudesse. Sou chata e complicada, o melhor é fugir de mim e dos problemas. Então saio por aí, como se não houvesse amanhã, conheço pessoas que não me interessam em nada. Falo com elas sobre coisas em que eu não acredito. Arrumo o passado que tanto já me incomodou e, percebo como o tempo pode ser um bom remédio. Faço tudo para fugir do que um dia senti, tudo que ficou subtendido em frases pela metade.É que o fracasso me subiu à cabeça... mas valeu a pena ter ido, ao menos a vista era bonita pracacete... pena que o pudim era diet.

16 de mai. de 2009

Perfeição

Nunca postei nada dele no blog, sei lá porque, reverência, respeito, ciúme, medo, sei lá por qual motivo... o fato é que ele é o "ícone", o nome maior, minha mais profunda admiração, talvez até um mito... prá mim, sem dúvida, o maior poeta brasileiro... sempre!!!



1

Catar feijão se limita com escrever:

joga-se os grãos na água do alguidar

e as palavras na folha de papel;

e depois, joga-se fora o que boiar.

Certo, toda palavra boiará no papel,

água congelada, por chumbo seu verbo:

pois para catar esse feijão, soprar nele,

e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

2

Ora, nesse catar feijão entra um risco:

o de que entre os grãos pesados entre

um grão qualquer, pedra ou indigesto,

um grão imastigável, de quebrar dente.

Certo não, quando ao catar palavras:

a pedra dá à frase seu grão mais vivo:

obstrui a leitura fluviante, flutual,

açula a atenção, isca-a como o risco.

Catar Feijão - João Cabral de Melo Neto



14 de mai. de 2009

Desabafo...

Literatura é sagrado pra mim, como religião, futebol ou comida é para outros. A ponto de me fazer querer estudar, conhecer e entender cada vez mais sobre. Teoria da literatura sempre me fez querer mais, apesar de "teoricamente" minha praia ser outra. Mas tem uma coisa que me irrita muito, não na TL, mas nas pessoas da área, é que hoje em dia é pecado mortal, mal visto, pior do que ser parente do Daniel Dantas, vc dizer categoricamente, que não gostou de algum livro do que eles chamam "ícones"da literatura moderna, contemporânea ou o diabo a quatro... não se pode mais dizer simplesmente - não, não gostei "deste" livro do Saramago ( e olha que eu amei quase todos) ou - não, não gostei deste livro do Lobo Antunes. Vixe! Pode não... aí é um tal de "encontrar a chave para avaliar um romance". Aquilo que lemos e achamos ruim deve se manter em suspenso até que analisemos cada um dos muitos aspectos sobre o que diz a tradição literária, o momento histórico em que foi concebida a obra, o que permeia a vida do autor, etc. Pau no cu, gosto ou não e pronto, apesar de todas as considerações sobre toda a obra do cara. Gostei por exemplo do "Os cus de Judas" e não gostei quase nada desse "Ontem não te vi em Babilônia". Pronto, simples assim. Mas agora somos involuntariamente, movidos a amenizar nossas críticas, relativizar nossas impressões negativas. É preciso defender essa necessidade de julgamentos mais incisivos, julgamentos que normalmente levam a algum esclarecimento. Porque o que realmente importa é que, como leitores, sejamos sempre fiéis a nós mesmos.

Ecco

“(…) Após passar 12 horas diante de uma mesa de computador, meus olhos parecem duas bolas de tênis e sinto a necessidade de me recostar confortavelmente numa poltrona e ler um jornal ou talvez um bom poema. Portanto creio que os computadores estão difundindo uma nova forma de letramento, mas são incapazes de satisfazer todas as necessidades intelectuais que estimulam. Por favor, recordem que as antigas civilizações hebraica e árabe tinham por base um livro, e isso não foi independente da circunstância de terem sido civilizações nômades. Os antigos egípcios podiam entalhar seus registros em obeliscos de pedra; Moisés e Maomé não podiam. Quando se pretende atravessar o mar Vermelho ou ir da península Arábica até a Espanha, um rolo de pergaminho é um instrumento mais prático para registrar e transportar a Bíblia ou o Corão do que um obelisco. Por isso essas duas civilizações alicerçadas em um livro privilegiaram a escrita em detrimento das imagens. Mas os livros também têm outra vantagem em relação aos computadores.
Mesmo quando impressos no moderno papel ácido que dura apenas 70 anos, aproximadamente, os livros são mais duráveis do que o suporte magnético. Além disso, não são afetados por escassez de energia ou por blecautes e são mais resistentes a impactos. Até agora, os livros representam o modo mais barato, flexível e prático de transportar informação a um custo muito baixo. A comunicação por computador viaja à nossa frente; os livros viajam conosco e na nossa velocidade. Se somos náufragos numa ilha deserta, onde não temos a opção de ligar um computador na tomada, um livro ainda é um instrumento de muita valia. Mesmo que nosso computador tenha bateria de energia solar, não é fácil ler a tela deitado numa rede. Os livros são ainda os melhores companheiros para um naufrágio ou para os dias seguintes. Livros pertencem a essa classe de instrumentos, que, uma vez inventados, não foram aprimorados porque já estão bons o bastante, como o martelo, a faca, a colher ou a tesoura. (…)”

Umberto Eco, “Muito além da internet