28 de jun. de 2010

Viñetas "El País"

=

ora me haces un bien, ora otro, y no eres más que un recuerdo.
antonio porchia
 
 
posso dizer: estou pronto
para me dar ao que vier.
posso errar, mas não por medo
de me ser no que fizer.
quem me pode  responder
que sabe ser, sendo inteiro
fiel e simples, sendo a tudo
que faz e não quer fazer?
thiago de mello

26 de jun. de 2010

Melhor texto sobre a copa...

 TÁXI! 
por Jotabê Medeiros
 Confesso: é um desvio pieguístico, típico de quem cresceu vendo telenovelas de Janete Clair.
Sempre que chega nessa fase da Copa, perco meu tempo imaginando o destino dos derrotados.
Tenho dó.
É verdade. Depois de duas taças de vinho B na Mercearia, essa sensação aumenta – quase choro pelos despossuídos que aparecem sistematicamente numa das três TVs das paredes com o som desligado.
Será que aqueles treinadores que chegaram à África do Sul vendendo autoconfiança tinham um plano B?
Será que o Parreira terá alguém da federação sul-africana para levá-lo até o aeroporto? Ou deverá sair do hotel, ir até a rua, checar quantos rands sobraram no bolso e acenar para um malinês de praça?
E Domenech, com seu ar de professor da École de France, terá alguém para buscá-lo no aeroporto Charles de Gaulle?
Será que o Anelka, quando desembarcou em Paris, passou por um túnel que estava pichado com a inscrição VA TE FAIRE ENCULER?
E Jong Tae-se, o atacante chorão da Coreia do Norte, que joga na J-League, após levar de 7 de Portugal e ser eliminado: será que ele prosseguirá no futebol ou o “governo do Povo” coreano vai mandá-lo para uma fábrica?
E David Villa, que pode ter jogado fora a chance da Espanha naquele pênalti perdido contra Honduras? Quando será que ele terá novamente a serenidade necessária para ir até aquele bistrô de Chueca?
Quando o goleiro Green, da Inglaterra, devorador do primeiro frango da Copa, terá coragem de sair de seu apartamento para passear pelo Soho de novo?
E o camaronês Samuel Eto’o? Quando sairá da situação de abatimento e voltará a brigar com torcedores racistas nas ramblas de Barcelona?
E Shabalala, o autor do primeiro gol da Copa, conseguirá assegurar um bom contrato assim que voltar para casa?
É claro, também penso nos que sairão cheios de honra, já garantiram a reputação.
O lateral suíço Tranquillo Barnetta, por exemplo. Eu o imagino lançando uma linha de camisetas com seu nome num shopping de Zurique, dando autógrafos na rua, estudando propostas do futebol turco.
E me parece claro que Dennis Rommedahl e seus colegas da Dinamarca certamente serão recebidos com um jantar especial pelo chef René Redzepi, no Noma, recém-eleito o melhor restaurante do mundo, em Copenhague, e os invejo. Malditos vikings sortudos!


25 de jun. de 2010

Hahahahahahahaha...

Leia!

 


Quem é Didier Drogba?

Por Dennis de Oliveira

Didier Drogba foi xingado pelo técnico Dunga, logo após a partida vencida pela seleção brasileira - o técnico brasileiro disse "Drogba de merda". No início do jogo, foi pisado na mão de forma desleal pelo zagueiro Lúcio - desleal porque todos sabem que o jogador marfinense estava contundido na mão. Em todo momento da partida tensa, tentou apaziguar os ânimos. No final da partida, foi cumprimentar os jogadores brasileiros. Declarou à imprensa que a seleção brasileira mereceu a vitória e que faltou futebol para o seu time.

 Drogba foi um campeão da serenidade, infelizmente ofuscado pelo ufanismo nacionalista e postura preconceituosa e racista de parcela considerável da mídia brasileira que não admite enfrentamento aos jogadores brasileiros por parte de oponentes do Terceiro Mundo - daí a raiva expressa contra os times sul-americanos, principalmente a Argentina - e uma certa veneração aos europeus. Ouvi o comentarista Caio, da Globo, dizer que a "Itália não pode ficar de fora", logo após o vexaminoso empate do "campeão do mundo" com a poderosa Nova Zelândia em 1 a 1.

 Mas porque Drogba teve este comportamento? Algumas informações:

 - Didier Drogba lançou, junto com Koffi Anan, oGuia Alternativo da Copa do Mundo, em que analisa as diferenças sociais e econômicas dos países que disputam o Mundial e apresenta propostas de como as relações podem ser mais equilibradas na política internacional (veja abaixo a apresentação em português) - para ter acesso ao guia, clique aqui.

 - Didier Droga, junto com o franco-argelino Zidane, embaixadores do Programa da Boa Vontade do PNUD/ONU, lançaram um spot de TV chamando todos para o combate a pobreza. Diz Drogba: "Não pode haver espectadores na luta contra a pobreza. Nós todos precisamos estar em campo para melhorar a vida de milhões de pessoas pobres no mundo". Para ver o spot, clique aqui.

 - Didier Drogba mantém uma série de projetos sociais de atendimento a crianças na Costa do Marfim e na África, participa de campanhas para erradicação da malária no continente africano. Veja no site oficial de Drogba, clicando aqui.

 Enquanto isto, Kaká, o jogador que se colocou como vítima do último jogo e vem sendo tratado como tal pela mídia brasileira, prefere ajudar uma organização criminosa que se traveste de religião e cujos líderes foram presos nos Estados Unidos.

 Saudades do Pelé que, pelo menos, dedicou seu milésimo gol às crianças pobres do Brasil. Parece pouco, mas muito mais sensibilidade social que o atual camisa dez da seleção tinha. Sem contar que muito - mas MUITO - mais futebol.

24 de jun. de 2010

# Fail

alguém inventou uma estória de que para entrar no doutorado é preciso saber estatística... e daí que tentei fazer a disciplina ( na economia) e bombei... consegui oito pontos em cem. mas se alguém acha que eu desisti, desista. Esse semestre lá fui eu de novo...hahahahahaha. com o mesmo prof. e no começo das aulas ele veio me perguntar se estava tudo bem. o cara achou que bombei com oito porque tava com algum problema. coitado. neste semestre bombei com vinte e um. e ele veio me perguntar qual era o problema. e eu: o problema é a estatística.linguista precisa saber estatística?not. então, me passa aí. o J. veio me falar que é importante saber estatística para comprovar e validar o pensamento cientifico.louco do cu. tem que ter algum dementador nerd que fez um programa de computador pra validar qualquer cálculo. eu já acho o excel muito mais do que o ser humano chegado em exatas precisa. e quase infartou quando eu disse que pra mim tudo se resume em nada ou um milhão de coisas.hahahahahahaha...

Registro de BlogTribo da Amazônia põe em cheque teoria de Chomsky
Mas os Pirahã não possuem palavras para designar números ou quantidades – termos como "tudo", "cada um", "cada", "muito" ou "pouco" -, algo que era considerado comum a todas as línguas.
Lingüistas acreditam que tais termos são blocos comuns, básicos, do conhecimento humano.

Feeelliiiizzzz




23 de jun. de 2010

Minha vida é um capítulo de Malhação ID

Porta batendo estilo toputodemaispravivernacivilização...
- Filho, o que acontece?
- N-A-D-A!!!
- Então me avisa quando for alguma coisa, prá ver se dá pra salvar algum tijolo de recordação...
Três horas depois...
- Mãe...
- Oi...
- As meninas são malucas mesmo?
- Só algumas...
- Por quê hein?
- Elas sempre ficam loucas e terminam tudo!!!! Caralho, são tudo doida!
- Filho, vc já ouviu falar em tpm?
“Um dos grandes enigmas de meus primeiros anos, além do enigma do nascimento, foi o mecanismo da descida dos brinquedos de Natal através da chaminé. (…) Desde que soube o que era gravidez, o problema do parto se colocou para mim de maneira análoga ao colocado pela vinda dos brinquedos pela chaminé: como podem passar os brinquedos? Como podem sair as crianças?”

Trecho de A Idade Viril, livro do antropólogo francês Michel Leiris (1901-1990)

Gracias Lu...

22 de jun. de 2010

Juvenil

E não é que eu seja diferente de ninguém, eu só não quero ser como você que vende os sonhos em troca de sossego, mas sei lá.. Talvez funcione pra você.

21 de jun. de 2010

"De resto, o que costumamos chamar de amigos e amizades são apenas contactos e convivências entabulados devido a alguma circunstância ou conveniência por meio da qual nossas almas se mantêm juntas. Na amizade de que falo, elas se mesclam e se confundem uma na outra, numa fusão tão total que apagam e não mais encontram a costura que as uniu. Se me pressionarem para dizer por que o amava, sinto que isso só pode ser expresso respondendo: “Porque era ele, porque era eu"

Michel de Montaigne, Ensaios
"Não faço o erro comum de julgar um outro de acordo com o que sou. Dele aceito facilmente coisas que diferem de mim. Por me sentir comprometido com um modo de ser não obrigo o mundo a isso, como fazem todos; e não aceito e concebo mil formas de vida opostas; e, ao contrário do comum, admito mais facilmente em nós a diferença do que a semelhança. Tanto quanto possível libero um outro ser de minhas características e princípios, e considero-o simplesmente em si mesmo, sem relação, dando-lhe estofo sobre seu próprio modelo. Por não ser continente não deixou de aprovar sinceramente a continência dos frades bernandos e dos capuchinhos, e de perceber bem o ar de seu proceder: pela imaginação, insinuo-me facilmente em seu lugar."

Michel de Montaigne, Ensaios

15 de jun. de 2010

Professora Ada Ávila Assunção (Medicina) junto à Professora Dalila Andrade Oliveira (Educação) lançarão o número especial Saúde e Trabalho Docente da Revista CEDES - Educação & Sociedade, nesta quinta, na FaE/UFMG. O número especial reúne pesquisadores do Brasil e de países da América Latina (Argentina, Chile, México) e os resultados de pesquisas sobre o sentido do trabalho nas escolas e sobre as evidências de associação entre adoecimento e a exposição aos fatores psicossociais.
Acesso ao número especial:

O lançamento ocorre no âmbito do Seminário Internacional Políticas educacionais e trabalho docente: perspectiva comparada. 

Dia 17 de junho, 17 horas,  

Auditório Neidson Rodrigues – FaE/UFMG

(programação http://www.fae.ufmg.br/gestrado/files/programsemi.pdf).

14 de jun. de 2010

Catarina e o amor


das "Motherns" Juliana Sampaio e Laura Guimarães

Esta é uma história real. Catarina é filha de uma amiga nossa e tinha 4 ou 5 anos quando se apaixonou pela primeira vez. O escolhido foi um coleguinha do clube, e ela passou a querer se vestir melhor para as aulas de natação, desfilando todo o seu charme quando o garotinho, três anos mais velho, estava por perto. Um dia, Catarina quis levar para seu eleito um presente, e escolheu aquilo que para ela era a prova inegável de amor: um Danoninho. Saiu sorridente, levando nas mãos a apetitosa declaração para o amado. O menino, ainda pouco ciente das sutilezas da sedução e pensando mais com o estômago do que com o coração, recusou o presente sem meias palavras: “Não quero”.

Desiludida e em prantos, Catarina voltou para perto da mãe com o veredicto sobre o ocorrido, que comunicou entre soluços:

– Mamãe, ele não sabe que quer o meu Danoninho!
A história de Catarina nos disse muito sobre o amor.
A mãe dela nos contou isso em uma mesa de bar, sorrindo e sentenciando pras amigas: “Coitada, tão nova e já tão iludida”.
Mas quantas vezes a gente não faz exatamente o mesmo que essa garotinha, preferindo acreditar que o outro não sabe ainda que quer o nosso Danoninho, o nosso telefonema, a nossa companhia, o nosso amor?
Ah, Catarina. Ah, Catarinas todas, essas almas apaixonadas transbordando de vontade de trocar. Às vezes correspondidas, às vezes não. Continuem tentando.
E um feliz Dia dos Namorados para quem encontrou quem queira receber o amor que você tem para dar.