30 de jan. de 2011
29 de jan. de 2011
28 de jan. de 2011
24 de jan. de 2011
23 de jan. de 2011
22 de jan. de 2011
21 de jan. de 2011
ela
queria ser amiga da dimenor, que por sua vez não quer ser amiga de uma pessoa de 05 anos.como eu sou "até legal", ela agora é minha amiga e tbém amiga de malhação id.daí que hoje, ela aparece aqui às 08 da madrugada, ou seja, eu ainda nem tinha tomado café da manhã. porém já tinha colocado o biquini. e ela com a melhor carinha do mundo, me diz: - mm, você tem um nenê na sua barriga? eu com a cara mais assustada do universo: - não, por que? e ela: - nossa. sua barriga tá muito cheia então, tá enorme de grande. eu não sabia se chorava ou batia muito nela. enfim, por causa disso estamos melhores inimigas. porque hoje a gente tá super de mal.
quiroga dá a real
21 janeiro 2011
Este é um daqueles momentos em que você se vê perante o dilema de empreender uma ação porque ela é necessária, mas polêmica, ou de não agir para não contrariar o ânimo das pessoas presentes ou próximas.
19 de jan. de 2011
18 de jan. de 2011
12 de jan. de 2011
Através da neve sussurrante eu enxergava vagamente as casinhas ao longo da Arapahoe. Eu conhecia cada um em cada casa, cada gato e cachorro da vizinhança. Na verdade, eu conhecia quase todas as dez mil pessoas de Roper, e um dia todas elas estariam mortas. Essa era também a sina de cada um na casa no fim da rua, a casa de madeira com a varanda da frente vergada, a pintura descascada e o telhado pontiagudo enviesado, a casa do pedreiro Peter Molise, onde os únicos tijolos estavam na chaminé, e até ela estava caindo aos pedaços.
Mas, quando chegasse a hora de morrer, a condição da nossa casa não importaria, e todos nós teríamos que ir – vovó Bettina seria a próxima, depois papai, depois mamãe, depois eu mesmo, uma vez que eu era o mais velho, depois meu irmão August, dois anos mais novo, depois minha irmã Clara, e finalmente meu irmãozinho Frederick. Em algum ponto do caminho, nosso cachorro Rex rastejaria para fora e morreria também.
Por que eu estava pensando nestas coisas e transformando o mundo em um cemitério? Estava afinal perdendo minha fé? Seria porque eu era pobre?
John Fante, 1933 foi um ano ruim
Mas não quero resposta, quero ficar só. Gosto muito das pessoas mas essa necessidade voraz que às vezes me vem de me libertar de todos. Enriqueço na solidão: fico inteligente, graciosa, e não esta feia ressentida que me olha do fundo do espelho. Ouço duzentas e noventa e nove vezes o mesmo disco, lembro poesias, dou piruetas, sonho, invento, abro todos os portões e quando vejo a alegria está instalada em mim.
Lygia Fagundes Telles
11 de jan. de 2011
10 de jan. de 2011
Quanto mais familiares duas pessoas se tornam, mais a linguagem que elas falam juntas foge do discurso comum, definido pelo dicionário. A familiaridade cria uma nova linguagem caseira de intimidade que leva referências à história que os dois amantes estão fazendo juntos, e que não pode ser de pronto compreendida por outros. É uma linguagem que alude ao seu estoque de experiências compartilhadas, contém a história da relação, é o que faz falar com o amado algo diferente de falar com qualquer outra pessoa.
Alain de Botton, Ensaios de Amor, pp. 125-6 (Rocco)
7 de jan. de 2011
"Um passarinho pediu ao meu irmão para ser sua árvore.
Meu irmão aceitou ser a árvore daquele passarinho.
No estágio de ser essa árvore, meu irmão aprendeu de
sol, de céu e de lua mais do que na escola.
No estágio de ser árvore meu irmão aprendeu pra santo
mais do que os padres lhes ensinavam no internato.
Aprendeu com a natureza o perfume de Deus.
Seu olho no estágio de ser árvore aprendeu melhor
o azul.
E descobriu que uma casca vazia de cigarra esquecida
no tronco das árvores só presta para poesia.
No estágio de ser árvore meu irmão descobriu que as
árvores são vaidosas.
Que justamente aquela árvore na qual meu irmão se
transformara, envaidecia-se quando era nomeada para
entardecer dos pássaros.
E tinha ciúmes da brancura que os lírios deixavam nos
brejos. Meu irmão agradeceu a Deus aquela
permanência em árvore porque fez amizade com muitas
borboletas.”
Manoel de Barros.
5 de jan. de 2011
4 de jan. de 2011
Parecia até praga: toda vez que a bruxa Creuza pensava em viajar, acontecia alguma coisa e ela acabava desistindo das férias. Foi só quando o feitiço do tempo trouxe janeiro de volta ao calendário mágico que a bruxa decidiu: não adiaria seus planos de novo! Feliz da vida com a novidade, começou a dançar em volta do caldeirão, imaginando mil e uma aventuras num cenário bem diferente.
"Uma Bruxa em Órbita"
1 de jan. de 2011
Eu suplico-vos
fazei qualquer coisa
aprendei um passo
uma dança
alguma coisa que vos justifique
que vos dê o direito
de vestir a vossa pele o vosso pêlo
aprendei a andar e a rir
porque será completamente estúpido
no fim
que tantos tenham sido mortos
e que vós viveis
sem nada fazer da vossa vida.
fazei qualquer coisa
aprendei um passo
uma dança
alguma coisa que vos justifique
que vos dê o direito
de vestir a vossa pele o vosso pêlo
aprendei a andar e a rir
porque será completamente estúpido
no fim
que tantos tenham sido mortos
e que vós viveis
sem nada fazer da vossa vida.
Charlotte Delbo
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