25 de jun. de 2011

sempre

tive essa sensação. de que a criança tem que poder cantar ou desenhar onde ela quiser. porque é muita falta de poesia e amor, delimitar onde você pode sonhar... então, sempre, em todas as paredes e papéis das casas onde a gente morou, tava liberado pra desenhar e sonhar... e eles aproveitaram muito dessa prerrogativa. daí que hoje, moram aqui, nesta casa, um guitarrista e uma pianista, novinhos em folha. e com um caminhão de sonhos e alegrias. e eu acho tão lindo...

23 de jun. de 2011

amo

quem

disse que entender é aceitar? é que eu sou ególatra.entendo, mas não aceito. certo arnaldo?sei lá, acho que se me revoltar vou precisar botar TANTA COISA na roda, que é melhor nem começar. porque tá além das forças no momento.então beijo,sucesso.

22 de jun. de 2011

a gente

sempre fala sobre isso. ela acha insegurança e falta de profissionalismo o fato de eu  perguntar, para quem quer me contratar, se a pessoa já leu alguma coisa que escrevi e tals. e 100% das vezes a resposta é sim, e ainda assim eu insisto em perguntar se ela quer mesmo me dar aquele trabalho. porque tem essa vibe "eu-sou-engraçadinha", e é sem querer, quando vejo tá lá, a ironiazinha que irrita metade do mundo.eu já acho que é dar a real pra pessoa. cansada de ouvir: - é, ficou bom, mas é muito irreverente, não é o nosso perfil. os artigos acadêmicos passam por uma sessão corta/corta comigo mesma e mais meia dúzia de pessoas. não vivo disso, isto hoje é meu freela. então me dou ao luxo de não me importar e de só pegar também o que eu gosto. então essa empresa bem careta me pediu pra fazer pequenos textos no site sobre o evento que eles patrocinam, a pessoa que me contratou já me leu. pra mim é tranks, só não pode depois vir me dizer que não é legal falar que a classe média é cafona, que os apartamentos de hoje têm mais espaço para os carros do que para as pessoas e que contratar arquiteto até pra pendurar seus quadros é terceirizar o seu mau gosto (claro que não foi tão direto e nem tudo no mesmo texto) . pode sim seu assessor, não pode é um site e assessoria de imprensa sérios não saber usar a crase.não pode achar que o seu cliente é burro ou incapaz de entender ironias.

20 de jun. de 2011

Caê

"Quem é ateu e viu milagres como eu
Sabe que os deuses sem Deus
Não cessam de brotar, nem cansam de esperar
 E o coração que é soberano e que é senhor..."

17 de jun. de 2011

Por isso que eu amo o Contardo...

CONTARDO CALLIGARIS
Por que acaba um casal?
Nossa cultura romanceia o namoro, mas imagina o casamento como se fosse uma "tumba do amor" NO DOMINGO passado, Dia dos Namorados, um amigo mandou flores para sua mulher com este bilhete: "Posso ser seu namorado ou continuo sendo apenas seu marido?". A frase foi bem recebida. É que, para nós, "namorado e namorada" pode ser muito mais do que "marido e mulher". Em regra, nossa cultura romanceia o namoro, mas imagina o casamento como uma tragicômica "tumba do amor". Na última sexta, na Academia de Ideias de Belo Horizonte, durante um bate-papo com João Gabriel de Lima sobre meu último livro, ao falar de amor e casais, eu propus o seguinte: 1) todos tendemos a amarelar diante de nosso próprio desejo; 2) o casamento nos permite acusar alguém de nossa própria covardia -assim: eu quero fazer isso ou aquilo, mas tenho preguiça e medo; por sorte, agora que me casei, posso dizer que desisto porque assim quer minha parceira; 3) um casal, para valer a pena, não deveria servir para justificar as desistências de nenhum de seus membros; ao contrário, ele deveria potencializar os sonhos e os desejos de cada um dos dois. Uma mulher me lembrou, com razão, que até esse tal casal que vale a pena pode acabar. E perguntou: por quê? Existe uma sabedoria popular resignada sobre a duração de um casal. Os sentimentos do namoro viveriam, no casamento, uma decadência progressiva inelutável. E os casais continuariam unidos mais por inércia do que por gosto. Alguns dizem que a rotina e a proximidade desgastam os sentimentos. Ou seja, o apaixonamento sempre é fruto de alguma idealização, e de perto ninguém parece ideal por muito tempo. Será que o remédio seria manter a distância para não enxergar as falhas do outro? Respondo: amar não significa não enxergar os defeitos do outro, mas achar graça neles. Uma amiga perde um celular por semana; ela sabe que uma relação amorosa está acabando no dia em que seu homem, em vez de achar graça na sua desatenção, irrita-se com seu descuido. Outros acusam o tédio. A novidade (valor mor da modernidade industrial) seria o ingrediente essencial (e, por definição, efêmero) do casal feliz. Ou seja, felizes são só os recém-casados. Respondo: todos nós, neuróticos, amamos a repetição e a praticamos com afinco. A rotina, portanto, não deveria nos afastar do amor. Volto, portanto, à pergunta: por que um casal acaba? Levantei a questão no Twitter, e
_Angela_ Jesus me escreveu que, segundo Anaïs Nin, os casais não morrem nunca de morte natural, mas por falta de cuidados, de atenções e de esforços. A citação me levou a pensar nos meus próprios casamentos fracassados; não cheguei a resultado algum, salvo o fato de que não deveríamos chamar necessariamente de fracasso um amor que acaba; erigir a duração em valor é uma ideia perigosa, que pode transformar separações bem-vindas e necessárias em processos laboriosos e infinitos. No meio dessas reflexões, no domingo, fui assistir a "Namorados para Sempre", de Derek Cianfrance, que me tocou fundo, por ser justamente a história de um amor que não é mais possível. Isso, sem que os protagonistas consigam saber por que "não dá mais": nenhum deles é o vilão da crise, e nenhum deles é capaz de dizer o que está errado e deveria mudar para que o casal tivesse uma chance. A julgar pela idade aparente da filha, o casal do filme dura há mais ou menos cinco anos. Em cinco anos, os namorados que, no primeiro encontro, haviam dançado e cantado na rua, cheios de alegria e de encantamento, transformaram-se num casal de estranhos que se encaram antes de se enxergar. O que aconteceu? Não há resposta. Essa é a força do filme, que acua cada espectador a se perguntar o que foi que aconteceu a cada vez que ele ou ela amou, e o amor se perdeu. Não é preciso que haja discordância brutal, traição ou desamor para que um casal se perca. Claro, é sempre possível racionalizar e apontar causas: no caso do filme, ao longo dos cinco anos, talvez ela tenha "crescido" profissionalmente (como se diz) e alimente agora ambições que ele não pode compartilhar porque, para ele, o casamento e a filha continuam sendo as únicas coisas que importam. Pode ser. Mas talvez o fim de um amor seja um fenômeno tão misterioso quanto o apaixonamento. Talvez existam duas mágicas opostas,

13 de jun. de 2011

(...) O ecletismo do evento, que não privilegia, de modo algum, somente manifestações favoráveis ao software livre e à EAD, traz a público críticas, receios e mesmo mitos com que nós, das comunidades de EAD e de Software Livre, devemos lidar com seriedade.
Hoje publicamos no blog da acris quatro trabalhos que ficaram nas posições dos mais visitados (dois ficaram em terceiro lugar):
Software livre e gramática: regência verbal no revisor de textos do BrOffice (http://www.textolivre.pro.br/blog/?p=1107)
A utilização da Plataforma Moodle pela Universidade na Educação a Distância (http://www.textolivre.pro.br/blog/?p=1012)
A importancia dos softwares livres na EAD (http://www.textolivre.pro.br/blog/?p=1009)
A resistência dos estudantes de Engenharia Química ao software livre (http://www.textolivre.pro.br/blog/?p=996)
Não se esqueça: o evento segue até o dia 16 e comentaristas registrados recebem certificado de participação.
Veja a programação para escolher as palestras que lhe interessam: http://ueadsl.textolivre.pro.br/2011.1/papers/pub/

12 de jun. de 2011

A Falsa Tartaruga prosseguiu: 
- Fomos educados da melhor maneira... De fato, íamos à escola todos os dias...
- Eu também vou à escola todos os dias. Disse Alice.
- Não é preciso envaideceres-te tanto com isso. Continuou ela.
- E tinhas disciplinas suplementares? Perguntou a Falsa Tartaruga ansiosamente.
- Tinha. Aprendíamos francês e música. Respondeu Alice, indignada.
-Ah! Então a tua escola não era lá muito boa!- disse a Falsa Tartaruga, muito aliviada.
(...) - Segui apenas o curso normal. Prosseguiu a Falsa Tartaruga.
- Em que consistia? Inquiriu Alice.
- Reler e escrevinhar, é claro, para começar, e depois os diferentes ramos da Aritmética: ambição, distração, desfeamento e escárnio. Respondeu a Falsa Tartaruga.
- Nunca ouvi falar de desfeamento! Atreveu-se Alice. 

Palestra

6 de jun. de 2011

Mais de 4 mil livros de ciência de graça

06/06/2011
Agência FAPESP – A National Academies Press (NAP), editora das academias nacionais de ciência dos Estados Unidos, anunciou no dia 2 de junho que passou a oferecer seu catálogo completo para ser baixado e lido de graça pela internet.
São mais de 4 mil títulos, que podem ser baixados inteiros ou por capítulos, em arquivos pdf. A NAP publica mais de 200 livros por ano nas mais diversas áreas do conhecimento, com destaque para publicações importantes em política científica e tecnológica.
Os livros podem ser copiados livremente a partir de qualquer computador conectado na internet e mostram o esforço da NAP em democratizar o acesso ao conteúdo produzido pelas academias norte-americanas. As academias, que atuam há mais de 100 anos, são: National Academy of Sciences, National Academy of Engineering, Institute of Medicine e National Research Council.
Os títulos em capa dura continuarão à venda no site da NAP. A opção de ler de graça parte de livros ou títulos inteiros começou a ser oferecida pelo site em 1994. A oferta de todo o catálogo de graça para ser baixado em pdf foi feita primeiro para os países em desenvolvimento.
Entre os títulos que podem ser baixados estão: On Being a Scientist: A Guide to Responsible Conduct in Research, Guide for the Care and Use of Laboratory Animals e Prudent Practices in the Laboratory: Handling and Management of Chemical Hazards.
Mais informações: www.nap.edu

5 de jun. de 2011

Filhote

Gatín e eu sozinhos em casa, tranquilamente, no café da manhã. ele tentando atacar o meu prato.eu tentanto aperta-lo ao máximo, sem machucar. uma borboleta ou sei lá o quê entra pela janela. Gatín enlouquecido destrói a mesa de café da manhã. eu sem ação, tentando entender o caos. Gatín dormindo tranquilamente no sofá, eu arrumando a bagunça e lamentando o jornal molhado até agora. Bom domingo.

4 de jun. de 2011

a mania de querer entender. por que eu sei que não dá para seguir adiante com um pacotinho de coisas mal resolvidas guardadas em algum lugar, gaveta ou coração. então eu vou lá, toda semana, como eu tinha combinado, levando o dinheiro que poderia me dar várias bugigangas fofas por semana. porque, né. eu preciso entender. mas é ruim, depois de despedaçar meu coração e autoestima, só ouvir – tem lencinho aí do lado.
daí eu volto pra casa, coloco Gatín no colo e como uma panela de brigadeiro.