31 de mar. de 2009
Doce mel
Normalmente eu digo que o jornalismo da globo é vendido, tendencioso e etc... Mas que um ou outro repórter/jornalista eu acho bacana... veja bem, ninguém falou em admiração. E um dos que se enquadra nesta categoria é o Ernesto Paglia, ele tá sempre viajando para uns lugares esdrúxulos, totalmente anti-zecacamargo... lugares longínquos e interessantes... daí que hoje eu soube, assim do nada, que ele é casado com a Sandra Annemberg. Não acreditei, mas tá lá no wiki. Vixe! Tendí tudo... ela é tão insuportavelmente doce que enjoa, tipo, se vc tiver de dieta e não puder comer doce, assiste o jornal Hoje da Sandra ou o contrário, se vc for diabético não assista. Escorre mel da tv... O cara tem que viajar, sair de perto, se não corre o risco de caramelizar em meio a tanta doçura... Agora entendo ele, total.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ernesto_Paglia
30 de mar. de 2009
28 de mar. de 2009
25 de mar. de 2009
Íntimo & Pessoal
Greta Garbo, atriz norte-americana de origem sueca
19 de mar. de 2009
18 de mar. de 2009
Estamos tranqüilos. Fizemos este verão com paciência e firmeza, como os veteranos fazem a guerra. Estivemos atentos à lua e ao mar; suamos nosso corpo; contemplamos as evoluções de nossas mulheres, pois sabemos o quanto é perigoso para elas o verão.
Sim, as mulheres estão sujeitas a uma grande influência do verão; no bojo do mês de janeiro elas sentem o coração lânguido, e se espreguiçam de um modo especial; seus olhos brilham devagar, elas começam a dizer uma coisa e param no meio, ficam olhando as folhas das amendoeiras como se tivessem acabado de descobrir um estranho passarinho. Seus cabelos tornam-se mais claros e às vezes os olhos também; algumas crescem imperceptivelmente meio centímetro. Estremecem quando de súbito defrontam um gato; são assaltadas por uma remota vontade de miar; e certamente, quando a tarde cai, ronronam para si mesmas.
Entregam-se a redes; é sabido, ao longo de toda a faixa tropical do globo, que as mulheres não habituadas a rede e que nelas se deitam ao crepúsculo, no estio, são perseguidas por fantasias e algumas imaginam que podem voar de uma nuvem a outra nuvem com facilidade. Sendo embaladas, elas se comprazem nesse jogo passivo e às vezes tendem a se deixar raptar, por deleite ou preguiça.
Observei uma dessas pessoas na véspera do solstício, em 20 de dezembro, quando o sol ia atingindo o primeiro ponto do Capricórnio, e a acompanhei até as imediações do Carnaval. Sentia-se que ia acontecer algo, no segundo dia da lua cheia de fevereiro; sua boca estava entreaberta: fiz um sinal aos interessados, e ela pôde ser salva.
Se realmente já chegou o outono, embora não o dia 22, me avisem. Sucederam muitas coisas; é tempo de buscar um pouco de recolhimento e pensar em fazer um poema.
Vamos atenuar os acontecimentos, e encarar com mais doçura e confiança as nossas mulheres. As que sobreviveram a este verão.”
(Rubem Braga, “O Verão e as Mulheres”, em “A cidade e a roça”)
17 de mar. de 2009
A excomunhão é uma benção.
Eu tentei ser excomungada oficialmente. Juro por Deus. Foi uma idéia de minha amiga Nina Lemos. Numa segunda-feira qualquer, não mais inquieta do que o normal, Nina entrou na redação da Tpm e, antes mesmo de pegar o café, me fez o convite: “Quer ser excomungada comigo?”. Era tentador, embora eu nunca tivesse pensado a respeito. “Claro”, respondi. E ela imediatamente começou a ligar para igrejas (assim com minúscula mesmo) para saber como fazer para se livrar da culpa de termos sido batizadas.
Pelo que me lembro, depois de muito tentar falar com um padre sem conseguir (eles são, naturalmente, muito ocupados) Nina encontrou uma boa alma que resolveu dedicar um tempo ao próximo – no caso, ela. Quando explicou o que queríamos e por que queríamos, o padre disse: “Ah, sua amiga é gay? Então ela já está automaticamente excomungada”.
E meu mundo caiu. “Mas eu quero um ritual de excomunhão! Eu pago!”, gritei. “Conforme-se, você não vai ter um”, respondeu Nina. “A Igreja já faz questão de não ter você em seus cadastros de almas”.
Nunca fiz o teste para saber se meu dinheiro seria ou não aceito pela igreja católica para que ela me excomungasse em um ritual. Um dia, talvez, tenha saco para entrar em uma igreja, superar o arrepio em meu corpo toda vez que entro em uma (sempre em respeito a algum amigo, ou amiga, que ainda usa o estabelecimento para casar) e abrir a carteira em nome da divina excomunhão. Por enquanto, me basta saber que já saí dessa. E pelo motivo mais nobre: ser quem sou.
Por que mesmo gostaria de fazer parte de uma organização em que estupradores são bem-vindos e homossexuais não? Valha-me deus.
Mas hoje minha revolta com o catolicismo já nem é tão grande. Acho que perdi o ímpeto para criticá-lo porque ele mesmo está tratando de descer ao inferno sozinho. É como aquele jogador que, de tão ruim, não precisa nem de marcador durante o jogo: esse, a natureza marca.
Na verdade, vibro todas as vezes que algum dos representantes da igreja católica dá declarações como a desse padre (bispo ou coisa que o valha. Não sei a respeito das fardas da instituição) pernambucano que disse que abortar era pior do que estuprar. Fico realmente feliz quando ouço uma estupidez desse nível. Feliz porque é bom ver a verdade vindo à tona – e pela boca de homem de batina. Aí, é melhor ainda. Parece que, finalmente, a natureza está tratando de marcar a igreja católica.
E começo a sonhar com o dia em que a humanidade alcançará um nível de desenvolvimento espiritual que permita a todos distinguir entre a declaração diabolicamente abobada de um padre e a justiça cósmica. Nesse dia, o catolicismo terá sido enterrado – e isso sim será divino.
Que a igreja fique com seus estupradores e pedófilos. Que os abrigue em seus altares de mármore, que dedique a eles missas e liturgias em latim. Enquanto isso, nós, os que fazem sexo sem querer reproduzir, os que usam camisinha, os que amam pessoas do mesmo sexo, os que não vão à missa nem amarrados, os que acham que uma menina de nove anos pode e deve tirar o feto que foi resultado de um estupro feito por quem deveria protegê-la ficamos do lado de cá.
Aliás, ficamos do mesmo lado daqueles que comem moluscos (no Levíticos 11:10 está escrito que eles, os que comem o molusco, são uma abominação), dos que trabalham aos sábados (o Êxodos 21:7 diz quem trabalha aos sábados deve ser morto e talvez a igreja, ocupada com tantas ações judiciais movidas por vítimas da pedofilia de seus padres, esteja se esquecendo de matar esses caras) e dos que aparam a barba (que, segundo determinação do mesmo livro, também devem ser assassinados). É nóis.
Porque tem ainda o seguinte. Se amanhã um maluco decidir matar alguém que não aparou a barba ou que trabalhou no sábado, esse cara está automaticamente absolvido pela igreja católica, mãos dadas com o pedófilo e com o estuprador. É por isso que eu oro: incluam-me fora desse time, pelo amor de Deus.
Milly Lacombe
Leia todo...
trecho do texto “Speechless“, de Egídio La Pasta Jr.
13 de mar. de 2009
Toda sexta-feira
Toda pele é preta
Todo mundo canta
Todo céu magenta
Toda sexta-feira
Todo canto é santo
E toda conta
Toda gota
Toda onda
Toda moça
Toda renda
Toda sexta-feira
Todo o mundo é baiano junto
Belô Veloso
12 de mar. de 2009
Eu quero...
Taí
Palmas para a ironia da ministra!
11 de mar. de 2009
Era prá ser o resumo, virou apresentação e empacou...
Continuar... não sei o que dizer... sem palavras... acho que é porquê no meio do caminho aconteceu uma coisa muito estranha; eu estava tão envolvida na teoria que não consegui enxergar um discurso "extremamete indireto e real" (tipo o "CASOCLÁSSICO" da pessoa que diz uma coisa e faz outra...) que acontecia direta e preferencialmente comigo na vida real e a cores. Só que eu não me dei conta ou não quis me dar conta... e acho que por causa disso até agora minha velha amiga "insegurança" mostra os dentes a cada nova expectativa. Valha-me Freud... e Help... aberta a sugestões.Vontade de chorar... de desespero.
10 de mar. de 2009
Sem-pre e-u
7 de mar. de 2009
Desculpas semi-esfarrapadas
Carlton + L.A Menthol
madrugada
insônia + ansiedade (meunomeédesespero)
Camisola + noitequente (meunomeédesejo)
saudade
calor
literatura + melancolia (meu nome é angústia)
6 de mar. de 2009
De novo? Cansei...
Quiroga
Penalidade eclesiástica
O arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, que excomungou a mãe, os médicos e os assistentes sociais envolvidos no aborto LEGAL feito na menina de 9 anos que foi estuprada pelo padrasto, merece ser excomungado da raça humana.
De novo, em vez de prestar conforto, ou ao menos respeitar o sofrimento da família mantendo silêncio, a Igreja Católica entra em cena para apontar o dedo e condenar.
O caso de Eluana Englaro, a italiana que passou 17 anos em estado vegetativo e teve os aparelhos hospitalares que a mantinham em vida desligados contra a vontade da igreja, ainda está fresco na memória.
Que tipo de assistência esses padrecos esquisitos prestaram ao pai de Eluana ou à família da menina de Recife?
Que diferença há entre fanáticos como o bispo decrépito mental do Recife e os aiatolás do Irã?
Barbara Gancia
5 de mar. de 2009
Em homenagem aos velhos tempos do Fenômeno...
A metáfora do homem com o mundo a seus pés. A metáfora do homem com a cabeça no mundo. E até, porque há os goleiros, a metáfora estúpida do homem com o mundo nas mãos.
Ainda não entendi qual é o nome do juiz."