11 de jul. de 2009

Abra seus longos dedos e me devolva minha alma cansada! Beije-me com a sua boca, porque eu anseio pelo pão de uma colina mexicana. Respire a fragrância das cidades perdidas em narinas febris e deixe-me morrer aqui, minha mão sobre o suave contorno de sua garganta, tão parecida com a brancura de uma praia sulina meio esquecida. Apanhe a saudade nestes olhos inquietos e alimente com ela as andorinhas solitárias que atravessam um milharal no outono, porque eu amo você, Camilla, e o seu nome é sagrado como o de uma princesa corajosa que morreu com um sorriso por um amor que nunca foi correspondido."
John Fante; Pergunte ao pó

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