31 de ago. de 2009
Por mim
Quando a minha hora chegar
Ninguém vai chorar por mim,
E tu também não
Malditas sejam todas essas lágrimas!
Eu sou uma fera furiosa
Expulsa do rebanho
As balas podem furar-me a pele
Mas eu continuarei sem parar,
Arrastando para a frente
as minhas chagas e a minha dor,
Atacando
Atacando
Até o sofrimento desaparecer
E não me vai custar nada
Eu quero viver mais mil anos
Chairil Anwar.
30 de ago. de 2009
29 de ago. de 2009
25 de ago. de 2009
Vamos?
24 de ago. de 2009
"Ídala"!!!!
Apesar do medo
escolho a ousadia.
Ao conforto das algemas, prefiro
a dura liberdade.
Vôo com meu par de asas tortas,
sem o tédio da comprovação.
Opto pela loucura, com um grão
de realidade:
meu ímpeto explode o ponto,
arqueia a linha, traça contornos
para os romper.
Desculpem, mas devo dizer:
eu quero o delírio.
Lya Luft
23 de ago. de 2009
AZUL...
22 de ago. de 2009
E foi então que apareceu a raposa
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita…
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste…
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer “cativar”?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer “cativar”?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços…”
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…
Do “Pequeno Princípe“, de Antoine de Saint-Exupery.
Axé! Corra, Ivete, corra!
“Esvazia esse corredor pra ela passar! E, agora, pode jogar álcool-gel nas paredes, no chão, pendura álcool-gel em tudo!”, gritava uma produtora, minutos antes da entrada de Ivete Sangalo no Prêmio Multishow, anteontem, no Rio. Grávida de sete meses, Ivete saiu de dentro de um carro parado atrás do Citibank Hall direto para o palco. Nada de se misturar ao entra e sai dos camarins de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Marisa Monte, Zeca Pagodinho…
“Ela vai entrar e sair, entendeu? Eu preciso saber e-xa-ta-men-te a que horas eu “boto ela” aqui dentro! Ela não vai ficar parada, meu amor!”, continuava a produtora à equipe do prêmio parada na porta por onde Ivete surgiu, às 22h45, com a barrigona de fora, numa roupa estilo odalisca.
Cercada por seis seguranças, Ivete sorriu e… entrou no palco. Atrás da cortina, a cantora lambuzava as mãos com álcool em gel e um assistente esfregava -adivinhe?- álcool em gel no microfone -enquanto os outros músicos usavam o mesmo, Ivete tinha um microfone só para ela. Ah, sim, o maquiador da cantora, que também limpava as mãos com álcool em gel, usava máscara. Por causa da gripe suína? “É para não ter contato com vocês!”, respondeu, correndo com mais papel-toalha em direção ao palco, onde Ivete ainda se besuntava com álcool em gel.
“Marinheira” de primeira viagem, a cantora, que até comprou um aparelho de ultrassom (cerca de R$ 150 mil) para ver o bebê em casa, saiu correndo do palco. “Ivete! Ivete!” É Regina Casé, que tenta alcançar a cantora. “Ivete! Deixa eu aproveitar que eu não vi sua barriga!”, diz a atriz, que beija o barrigão da grávida. Ivete sorri, meio sem jeito, e volta a correr para a saída. “Não fala com ela!”, avisa um assistente à repórter.
Segundo Preta Gil, Ivete está “muito preocupada com a gripe suína” e “podia ter ficado em casa se quisesse, mas quis cantar para seus fãs”.
Audrey Furlaneto, na Folha
19 de ago. de 2009
ele está no meio de nós...
Mito de Sísifo
E os músculos?
18 de ago. de 2009
Quero abraçar meu rancor
15 de ago. de 2009
Você não vale nada mas eu gosto de você...
"(...) a proibição de fumar excita muitos ânimos, como toda repressão mínima ou grossa, mas as diferenças entre as medidas não atenuam as evidências de que contêm mais volúpia autoritária do que critérios apropriados.
fumar não é, em si mesmo, atitude antidemocrática. suas inconveniências sociais são considerações recentes e não incorporadas ainda aos costumes, ou ainda são menos, digamos, naturais do que o longevo fumo. por fim, fumar não é ato de má-fé ou de hostilidade ao vizinho, é uma sujeição do viciado à sua necessidade. não há motivo algum, portanto, para substituir a restrição, atenta e inflexível que seja, por formas de repressão, nas determinações legais e nas ações.
as notícias dão conta de que donos de lugares públicos são visitados e fumantes são caçados em sp como não se invadem prostíbulos de exploração de mulheres, nem se caçam os exploradores; ou em casas de jogo, ou em pontos de venda e consumo de crack pela gurizada e de outras drogas por toda parte. os envolvidos nesses atos serão menos perniciosos à vida social do que os fumantes?
são poucos mas, suponho, suficientes exemplos do espírito aplicado ao que seria a saudável extinção progressiva do fumo. são os métodos deste país tão dado a violências e desatinos, onde o usuário de drogas é reconhecido como vítima de vício, e não punido; o de cigarro fica ameaçado até de perder o emprego 'por justa causa'."
11 de ago. de 2009
Ele, falando por mim... de novo!
7 de ago. de 2009
Fudeu...
6 de ago. de 2009
Ausência
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.
Sophia de Mello Breyner
4 de ago. de 2009
Amo!!
No vestiário do clube: