“Esvazia esse corredor pra ela passar! E, agora, pode jogar álcool-gel nas paredes, no chão, pendura álcool-gel em tudo!”, gritava uma produtora, minutos antes da entrada de Ivete Sangalo no Prêmio Multishow, anteontem, no Rio. Grávida de sete meses, Ivete saiu de dentro de um carro parado atrás do Citibank Hall direto para o palco. Nada de se misturar ao entra e sai dos camarins de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Marisa Monte, Zeca Pagodinho…
“Ela vai entrar e sair, entendeu? Eu preciso saber e-xa-ta-men-te a que horas eu “boto ela” aqui dentro! Ela não vai ficar parada, meu amor!”, continuava a produtora à equipe do prêmio parada na porta por onde Ivete surgiu, às 22h45, com a barrigona de fora, numa roupa estilo odalisca.
Cercada por seis seguranças, Ivete sorriu e… entrou no palco. Atrás da cortina, a cantora lambuzava as mãos com álcool em gel e um assistente esfregava -adivinhe?- álcool em gel no microfone -enquanto os outros músicos usavam o mesmo, Ivete tinha um microfone só para ela. Ah, sim, o maquiador da cantora, que também limpava as mãos com álcool em gel, usava máscara. Por causa da gripe suína? “É para não ter contato com vocês!”, respondeu, correndo com mais papel-toalha em direção ao palco, onde Ivete ainda se besuntava com álcool em gel.
“Marinheira” de primeira viagem, a cantora, que até comprou um aparelho de ultrassom (cerca de R$ 150 mil) para ver o bebê em casa, saiu correndo do palco. “Ivete! Ivete!” É Regina Casé, que tenta alcançar a cantora. “Ivete! Deixa eu aproveitar que eu não vi sua barriga!”, diz a atriz, que beija o barrigão da grávida. Ivete sorri, meio sem jeito, e volta a correr para a saída. “Não fala com ela!”, avisa um assistente à repórter.
Segundo Preta Gil, Ivete está “muito preocupada com a gripe suína” e “podia ter ficado em casa se quisesse, mas quis cantar para seus fãs”.
Audrey Furlaneto, na Folha
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